Saco do Mamanguá

Lugar simplesmente maravilhoso. Trata-se de um fiorde tropical (único no Brasil), braço de mar que entra em linha reta terra adentro com 8 km de extensão aproximadamente 1 km de largura, com montanhas altas de ambos os lados e ao fundo encontra-se o maior e mais conservado manguezal da baía da Ilha Grande. Localizado ao sul de Paraty-Mirim, faz parte da área de proteção ambiental (APA) do Cairuçú. Uma das montanhas mais altas é chamada Pão de Açúcar, com cerca de 400m de altura. O acesso é feito por uma trilha no meio da Mata Atlântica, onde se pode desfrutar de toda a beleza da vegetação nativa da região, além da vista total do Saco do Mamanguá ao chegar no topo. Na década de 70, com a chegada do turismo, os barquinhos artesanais começaram a ser comercializados.


Hoje, o artesanato é economicamente importante para homens, mulheres e jovens de muitas famílias. Em geral é feito com a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma madeira mole da família do ipê, também chamada de ipê-branco. O Mamanguá já era povoado desde a época dos escravos e, até antes disso, pelos índios guaianases, tendo sido importante porto de tráfico de escravos por se localizar em um ponto estratégico e abrigado, sendo impossível ser avistado seu final da entrada. Hoje, cerca de 120 famílias compõem uma população tipicamente caiçara (miscigenação do índio com o negro escravo e o branco europeu). Além do artesanato, eles vivem da pesca, da agricultura e da prestação de serviços ao turista. O acesso é possível de barco, o que proporciona um belo passeio saindo de Paraty ou Paraty-Mirim (mais próximo) ou por trilhas.

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